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Mostrando postagens de 2019

Evoluir sempre

O que O Irlandês e a toda a filmografia de Martin Scorsese têm a ensinar para os empreendedores de hoje. Martin Scorsese é um dos maiores diretores da história do cinema. O maior, entre os que ainda estão entre nós. Junto com Spielberg, Coppola, de Palma e Lucas reinventou o cinema nos anos 60 e 70 depois da crise dos estúdios dos anos 50. E desde lá Scorsese nunca deixou de produzir em alto nível. Um ou outro filme podem ter passado despercebidos, mas dificilmente algum deles pode ser considerado ruim. Um dos motivos desse alto nível de produção pode ser respondido pelo seu estilo de direção. Scorsese tem um jeito único e inegável em seus filmes. O modo como ele faz cinema já é famoso e cria uma atmosfera única para seus filmes. Mas o mais incrível é que mesmo não abrindo mão de seu estilo, ele nunca deixou de inovar e evoluir sua técnica. Scorsese chegou ao ápice muito rápido. Taxi Driver, de 1976 e apenas seu quinto filme dirigido, é presença constante na lista de melhore

Marketing como direcionador de inovação nas empresas

Cada vez mais as empresas passam por importantes transformações internas e perante ao mercado. E é dever do marketing acompanhar e nortear essa evolução Mudança! Sem sombra de dúvidas a palavra que mais gera calafrios e provocações há um bom tempo dentro das empresas. Dificilmente uma grande organização pode dizer que é a mesma de cinco anos atrás. O mundo atual exige adaptações para manter sua jornada de crescimento ativa e protagonista dentro do mercado. E para se adaptar aos novos tempos, cada vez mais surgem novos cargos e posições justamente para compreender e absorver essa pressão contínua dentro das empresas. Nesse contexto incluem-se desde consultorias específicas para decisões corporativas a equipes de gestão de mudanças totalmente novas, investimentos em inteligência empresarial, reposicionamento e análise de novos mercados, transformação digital e novos departamentos para tratar exclusivamente de inovação. Todos esses movimentos se fazem necessários e vem apresenta

Mais rostos, menos logos

Cada vez mais as marcas vêm ganhando rostos, sejam eles internos, baseados na imagem de seu principal gestor, sejam externos junto a celebridades ou influenciadores. Tudo em busca de uma conexão e proximidade maior com seu público-alvo. É compreensível entender a preocupação das empresas em assimilar sua marca a uma personalidade ou celebridade em específico. O motivo é o risco do vínculo com a pessoa poderia comprometer a imagem da marca caso esta fique exposta a algum escândalo ou reputação ruim. Recente caso é o de Neymar, que no período do vexame na Copa do Mundo de 2018 até o escândalo com mulheres acabou perdendo importantes patrocinadores. A questão é que cada vez mais construir vínculo com o público-alvo se mostra necessário e aproximar marcas a pessoas vem sendo uma decisão cada vez mais trabalhada pelas empresas. A ação realizada pela Nike com o jogador de futebol americano Colin Kaepernick é um exemplo. Em 2016 o quarterback se ajoelhou durante a execução do hino n

Conteúdo é o novo marketing

Quatro dicas para entregar conteúdo a sua estratégia de marketing e trazer público para a sua marca Há um bom tempo temos discussões sobre o crescimento do marketing de conteúdo e a importância e necessidade que este vem ganhando nos últimos anos. Falar sobre assuntos relevantes para o consumidor, ao invés de simplesmente divulgar seu produto parece lógico, e é justamente por essa lógica que vem ganhando importante relevância ultimamente. A questão é que, uma vez detectado esse novo sentido para as vendas, o segundo passo é de compreender a forma de se comunicar com este consumidor, para isso, algumas noções são de extrema importância para a construção de um conteúdo que faça sentido a que o receber: 1) Entenda o que seu consumidor quer O problema do seu público precisa ser muito claro e tangível. Compreender de forma lúcida a esta necessidade é passo crucial que deve nortear toda a construção e posicionamento de seu produto para o mercado 2) Saiba a forma como ele q

Quem vende o seu produto é a sua marca

Quatro fatores importantes para a construção de uma marca sólida Na terceira temporada da série House of Cards, enquanto Claire Underwood organiza sua campanha para uma determinada disputa eleitoral recebe importantes dados de sua equipe de marketing. Segundo pesquisas com eleitores, a imagem da candidata com cabelos loiros se mostrou mais simpática ao público do que com cabelo escuro e, consequentemente, traria mais votos. O resultado da pesquisa faz Claire mudar não apenas a cor do cabelo como também suas roupas, expressões faciais, discursos, etc. Sim, somos totalmente influenciados pela imagem que criamos de algo, não apenas na política, mas em tudo, inclusive empresas. Quanto mais uma marca se mostrar empática e agradável, mais confiaremos e teremos abertura para ela. O exemplo dado na série é um típico teste A/B, cada vez mais comum e utilizando hoje em dia, principalmente em meios digitais. Porém, ter uma imagem empática e próxima ao seu público é apenas o primeiro pa

Análise de caso – marca L’Or

Como a L’Or acertou em cheio na sua estratégia de marketing e precisou de “zero propaganda” para chegar a isso. Diferente do que muitos pensam (ainda), o marketing não está restrito apenas a propaganda de um produto. Uma estratégia de marketing bem construída perpassa praticamente por todas as etapas de desenvolvimento de um produto ou serviço, da concepção a sua morte. A entrada da L’Or no mercado brasileiro é um bom exemplo de como executar uma estratégia bem sucedida nas etapas prévias de produção até a chegada ao consumidor final. Veremos aqui algumas delas: Posicionamento: A marca está posicionada na categoria de cafés premium, e construiu toda a sua trajetória buscando uma aproximação com o público consumidor dessa categoria. Por se tratar de um mercado relativamente restrito, a empresa também destinou esforços para atrair novos adeptos e curiosos, ação justificada visto algumas de suas estratégias tomadas que veremos a seguir. Outro fazer relevante é a estratégia de

Intraempreendedores

Vem crescendo o número de pessoas que deixam as empresas para abrir seu próprio negócio. Junto a isso, as empresas reclamam da falta do um “espírito empreendedor” em seus funcionários. Não chegou a hora de unir empreendedorismo e carreira profissional? Entre as discussões sobre o futuro do trabalho, me chama a atenção o debate sobre como as empresas vão lidar com funcionários que tem planos de empreender e veem a carreira dentro da empresa como uma etapa de passagem para atingir seu objetivo. Não é regra, mas normalmente pessoas com características empreendedoras possuem habilidades profissionais que as empresas mais procuram. E se desfazer desses profissionais sempre gera grande trabalho e adaptações até encontrar novos profissionais para substituir. As empresas já caminham para conter esses funcionários oferecendo vantagens, recompensas e cargos mais atrativos. O Google, por exemplo, permite que 20% da jornada de trabalho de seus funcionários seja para trabalhos pessoais.

Diga-me como trabalhas, e te direi quem tu és

Existem formas e formas de chegar a um objetivo. Por isso acredito que além do resultado final, a jornada tem enorme importância no alcance das metas. Mas as novas empresas estão pensando nisso? Cada vez mais o mundo corporativo está mais volátil, incerto, ambíguo e complexo. A soma desses fatores faz com executivos e empreendedores tenham a sensação de estar em estado de alerta 24 horas por dia e transmitam essa sensação para seus times e equipes. Se por um lado, temos um grande crescimento de pessoas buscando equilibro entre a vida pessoal e profissional, do outro, parece que a busca sem limites pelo dinheiro que perseguia a geração X vem ganhando uma retomada alicerçada nos pilares da tecnologia e da exponencialidade. O mundo das startups é um exemplo disso. O estilo workholic está novamente sendo valorizado, a figura do chefe turrão é venerada e o tal do “no pain, no gain” é regra. Se não houver sacrifícios, não há celebrações. Sacrifícios hora ou não, ão de acontecer. Est

Mais propaganda, menos vendedores

A evolução na forma de comprar, o empoderamento do consumidor e as várias opções de na hora de escolher um produto vem deixando a figura do vendedor B2C cada vez mais em desuso, e sendo substituída por aquela que antes mais o auxiliava: a propaganda.   Cena comum no final de mês nas empresas:  reunião na segunda-feira para atualizar a meta e o que falta até o dia 30. Proposta arrojada do supervisor para motivar a equipe. Dá para alcançar os 100% e se pá, chegar a 105%. Quem bater 110% tem bônus. Vídeo motivacional, grito de guerra e todo mundo sai, um pouco alucinado, um pouco ansioso. “Hoje o comércio do seu José vai precisar me ajudar a fechar o mês...”. Cenários como este, que ainda são comuns, tem boas chances de sumir em um futuro próximo. O marketing 3.0 vem invertendo a lógica do processo de vendas e cada vez mais é a marca que precisa encontrar o cliente. Se tempos atrás a frase “produto bom se vende sozinho”, dava a entender que a propaganda em si não era necessária,

Menos controle, mais gestão

Quatro motivos que vem levando as empresas a revolucionar o modo de gerir seus funcionários Teve um tempo em que essas palavras eram praticamente sinônimos. Gestão era confundida com controle e ordens. O termo gestor nem existia. Era chefe mesmo. A gestão inclusive só era vista atrelada a hierarquia da empresa. Qualquer vínculo diferente a este corria sérios riscos de causar conflito entre área. Os tempos mudaram e atualmente a gestão “moderna” se mostra muito mais preocupada com autonomia e confiança do que qualquer outro aspecto. Muito porque é cada vez mais comprovado que esses dois fatores resultam em um melhor desempenho das equipes e mais performance das mesmas. Essa nova forma de gerir equipes só é possível pelo claro amadurecimento das instituições e da própria sociedade, o que gerou consequências no tratamento que as empresas oferecem ao seu corpo de funcionários. Cito aqui quatro deles: O primeiro é a evolução do departamento de Recursos Humanos, antes preocupad

Pesquisas de mercado: cuidado com relatórios aleatórios

Você gasta uma grana com pesquisa de campo, organiza o grupo focal, agenda várias entrevistas individuais e depois de todas essas etapas, recebe os resultados e parte para uma análise interna e particular dos dados. Perigoso! A etapa mais importante de uma pesquisa de mercado ou de qualquer ação de análise externa é a tradução dos dados, e isso necessariamente precisa ser feito por algum profissional da área e imparcial ao processo. É comum vermos empresas recebendo relatórios e pesquisas de terceiros e colocando seus próprios filtros sobre os resultados. Ao mesmo tempo que valer-se destas informações seja de extrema importante para um acompanhamento do mercado como um todo, elas se mostram igualmente perigosas se não lidas de maneira correta. Muitos destes relatórios inclusive pecam em entregar os números sem informar em suas páginas os dados exploratórios da pesquisa (período, faixa etária, renda, sexo...), a forma como foi conduzida (pesquisa de rua, telefone, e-mail...), a

Habilidades do futuro para funcionários do presente

Tenho certeza que você já deve ter lido inúmeros textos, palestras e cursos falando sobre as habilidades necessárias para o futuro do mercado de trabalho. Também tenho certeza que a pessoa que falava desse assuntou citou habilidades como a flexibilidade, trabalho em equipe e a inteligência emocional. E mais certeza ainda que ao final de tudo, toda essa conversa te deixou ainda mais confuso e agoniado sobre o que precisa desenvolver. Isso ocorre porque olhamos muito a situação de fora para dentro. Partimos da visão do que o mercado exige e, a partir dessa constatação, como faço para me adaptar. Do ponto de vista de diagnóstico de cenários, é uma leitura fantástica. Porém, para aquele que buscou a informação como aperfeiçoamento pessoal, nem tanto. O modo de ver o cenário se altera e, ao invés de correr atrás de tudo que falta, você compreende o que já entrega com competência e busca a melhora naquilo que pode evoluir. O motivo é que para este, as duas constatações percebidas,

Porque os bons resultados do Brasil no Pan-Americano de Lima são um péssimo sinal de gestão

Falta de cuidado com os gastos públicos e investimentos mal direcionados não trazem boas perspectivas para o futuro dos esportes olímpicos no país. Má gestão e falta de uma visão de longo prazo agravam ainda mais a situação.   Neste domingo encerrou a 18ª edição dos Jogos Pan-Americanos, realizados em Lima, no Peru. O evento ficou marcado pela melhor participação do Brasil na história dos Jogos, superando o resultado de 2007, quando foi realizado no Rio de Janeiro. Apesar do impactante número, um olhar mais aprofundado sobre a situação do esporte nacional mostra que o resultado pode ser uma miragem, frente a uma situação preocupante que o Brasil enfrenta a muito tempo. É importante lembrar que nos últimos anos o país foi sede dos Jogos Pan-Americanos de 2007, no Rio de Janeiro, da Copa das Confederações em 2013, da Copa do Mundo de 2014 e dos Jogos Olímpicos de 2016, também realizado no Rio de Janeiro. Tais eventos esportivos de proporção mundial deram ao Ministério dos

Descentralização, autonomia e colaboração

Um tema muito discutido ultimamente é sobre as habilidades que o profissional do futuro deverá aprender ou desenvolver para garantir seu lugar de trabalho frente aos avanços tecnológicos e ao futuro incerto nas empresas. Se sobre as habilidades individuais encontramos grandes debates, pouco é visto sobre as maneiras de gerir e envolver esses novos profissionais dentro do mercado de trabalho. Sob meu olhar, destaco três características que contribuem para equipes mais produtivas e flexíveis e um maior engajamento dos funcionários frente aos desafios da companhia: Autonomia: é cada vez mais claro que a função do gestor está muito mais em desenvolver as potencialidades individuais de seus funcionários e criar espaço para que o time possa construir sem empecilhos. Para isso, ter a garantia da autonomia para cada área e colaborador é fator obrigatório para o sucesso. Sai de cena a imagem do líder decisor e com o poder do conhecimento e ganha espaço a ideia do líder servidor e envo

Os desafios e a importância de um planejamento estratégico claro e aberto.

Parece simples, mas ter definido claramente qual o rumo que sua empresa está tomando é uma das decisões mais importantes no quesito de um crescimento sustentável para o negócio, como também financeiramente. Entendo que um planejamento estratégico empresarial bem construído, depois dos valores e princípios institucionais, é o que de mais importante uma empresa guarda. É ali que estão os direcionamentos para todos os recursos e ações que todos os funcionários executarão nos próximos meses ou anos. O peso que aquelas palavras possuem é enorme. Porém, de nada vale toda essa construção se ela não é compreendida e entendida pela equipe. Muitas empresas tem a prática de guardar o planejamento estratégico escondido a sete chaves e de acesso apenas do alto escalão. Erro grave. Quanto mais claro, construtivo e aberto, mais ele será absorvido e compreendido pela equipe, e consequentemente, pelos clientes. Nos tópicos abaixo, justifico parte do meu pensamento e destaco ações necessária para

Conheça o público para quem você vende

Não, seu público não são homens e mulheres de 20 a 60 anos das classes A,B e C. É percebível cada vez mais que as características sócio demográficas, apesar de ainda importantes, vem dando espaço a hábitos, gostos e características pessoais das pessoas. Um homem casado de 35 anos pode ter as mesmas preferências de uma mulher solteira de 25 que pode se identificar com uma divorciada de 45 com filhos. Isto se dá muito pela disposição da nossa atual sociedade, cada vez mais diversificada, plural e aberta. Há 30 anos o padrão de vida para um consumidor da classe média era bastante lógico e dificilmente fugiria do processo de tentar uma faculdade, conseguir um emprego, casar e ter filhos. Junta-se a isso o sonho da casa própria, de preferência com garagem para o carro. Esse processo, além de ser o único possível e até aceito socialmente, fazia referência a parcela da população que realmente importava economicamente. Uma vez que as classes mais baixas dificilmente possuíam perspect

Vingadores Ultimato: sobre tempo, heroísmo e a importância do fim

*Texto com SPOILERS O cinema cumpre várias funções como arte cinematográfica: retratar a realidade, construir sonhos, provocar, refletir ou apenas divertir. No entanto existe um objetivo que é único por trás de qualquer obra: emocionar as pessoas. E essa emoção só acontece quando existe alguma forma de envolvimento entre você e a representação que está assistindo. Quando a Marvel lançou o primeiro filme do Homem de Ferro em 2008 e inaugurou seu universo ficcional no cinema, as emoções ficavam mais no caráter cômico da história e da fantasia de acompanhar a construção de um herói. Na verdade, essa lógica sempre acompanhou os demais filmes da produtora. Ao todo foram 22 filmes que em sua maioria introduziram novos heróis e histórias. A cada filme lançado entrávamos no mundo daquele personagem e ficávamos mais próximos deles. Toda essa construção levou onze anos, e é o peso de todos esses anos e de dezenas de personagens que este filme carregava nas costas. Por isso, antes m