Tenho certeza que você já deve ter lido inúmeros textos, palestras e cursos falando sobre as habilidades necessárias para o futuro do mercado de trabalho. Também tenho certeza que a pessoa que falava desse assuntou citou habilidades como a flexibilidade, trabalho em equipe e a inteligência emocional. E mais certeza ainda que ao final de tudo, toda essa conversa te deixou ainda mais confuso e agoniado sobre o que precisa desenvolver.
Isso ocorre porque olhamos muito a situação de fora para dentro. Partimos da visão do que o mercado exige e, a partir dessa constatação, como faço para me adaptar. Do ponto de vista de diagnóstico de cenários, é uma leitura fantástica. Porém, para aquele que buscou a informação como aperfeiçoamento pessoal, nem tanto.
O modo de ver o cenário se altera e, ao invés de correr atrás de tudo que falta, você compreende o que já entrega com competência e busca a melhora naquilo que pode evoluir.
O motivo é que para este, as duas constatações percebidas, de que existem mudanças e de que preciso me adaptar a elas, exigem transformações internas duras e na maioria das vezes nem um pouco fáceis. Como ator da mudança, sair de uma situação A para outra B exige enorme esforço emocional.Somos muito acostumados a ver a grama do vizinho melhor que a nossa. Então, se meu concorrente entrega em cinco dias, preciso fazer melhor, se o atendimento dele é mais efetivo, tem algo de errado com o meu. Estes exemplos são pontos de vista perspicazes, mas que muitas vezes podem esconder ou tirar foco do verdadeiro intuito do profissional ou da empresa.
O que não somos acostumados é perceber nossas vantagens competitivas e, de fato, tirar proveito delas. Acredito que a falta de costume se dê porque ter uma noção clara de autocritica, de reconhecer habilidades e qualidades não é muito da nossa cultura. Passa uma impressão falsa de egoísmo de que em nada tema ver com seu sentido real. É investir no que você tem de melhor.
Saber com clareza o que você e sua empresa fazem de melhor abre importantes caminhos para seguir investindo naquilo que é melhor percebido e traz mais facilidade a seu público.
É olhar primeiramente no que você tem de melhor e posteriormente o que as tendências do mercado vem ditando. Isso aproxima de maneira mais fácil quem de fato você é, daquilo que você busca e precisa desenvolver. O modo de ver o cenário se altera e, ao invés de correr atrás de tudo que falta, você compreende o que já entrega com competência e busca a melhora naquilo que pode evoluir.
Se as tendências indicam trabalhos coletivos e compartilhamento de equipes, sua carreira não está arruinada por ser introvertido e preferir trabalhar sozinho. Continue apostando no seu jeito de trabalhar. Se você percebe rendimento e performance dessa maneira, está tudo certo. As pesquisas servem para mostrar os caminhos que mais vem sendo buscados e não ditar o que é certo e o que é errado.
Aliás, falando em tendências, uma muito clara é que a era do certo e errado acabou faz tempo. Hoje existem milhões de maneiras de fazer negócios, basta simplesmente encontrar o seu. Descubra o que você tem de melhor, aposte nessas habilidades, corra atrás daquilo que não é seu forte, dê tempo a tempo e não se desespere. O futuro só acontece quando o presente está no caminho que te faz bem.
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