Pular para o conteúdo principal

Marketing como direcionador de inovação nas empresas

Cada vez mais as empresas passam por importantes transformações internas e perante ao mercado. E é dever do marketing acompanhar e nortear essa evolução



Mudança! Sem sombra de dúvidas a palavra que mais gera calafrios e provocações há um bom tempo dentro das empresas. Dificilmente uma grande organização pode dizer que é a mesma de cinco anos atrás. O mundo atual exige adaptações para manter sua jornada de crescimento ativa e protagonista dentro do mercado.

E para se adaptar aos novos tempos, cada vez mais surgem novos cargos e posições justamente para compreender e absorver essa pressão contínua dentro das empresas. Nesse contexto incluem-se desde consultorias específicas para decisões corporativas a equipes de gestão de mudanças totalmente novas, investimentos em inteligência empresarial, reposicionamento e análise de novos mercados, transformação digital e novos departamentos para tratar exclusivamente de inovação.

Todos esses movimentos se fazem necessários e vem apresentando novos atores diante de cada nova mudança a vista. Dentre estes, já se percebe um grande protagonismo de algumas áreas, em especial dos departamentos de Recursos Humanos, Projetos e TI. Muito pela necessidade crucial dos recursos de pessoas e tecnologia para qualquer forma de mudança nas empresas, além do fato de que estes avanços serem baseados em projetos.

No entanto preocupa o fato dos departamentos de marketing não terem fator decisório nas disrupções que as empresas vêm buscando. Muito disso, a meu ver, pela leitura pouco exata que o setor carrega consigo.



É fato que as métricas, muitas vezes difusas do marketing, diante da exatidão dos números de outros setores, contribuem para uma falta de critérios claros para as decisões da área (sinal este que por si só mostra uma necessidade de mudança para o próprio setor). No entanto também é fato que indiferente de como, o marketing precisa reassumir o protagonismo na tomada de decisões dentro do ambiente corporativo. E as próprias mudanças da sociedade e da tecnologia justificam esse ponto.

Temas atuais e extremamente estratégicos como o comportamento do consumidor, jornada do cliente, gestão e reputação da marca, pesquisa de mercado, marketing digital, big data, inteligência artificial, mix de marketing, tendências de mercado, sejam elas sociais, éticas, comportamentais ou tecnológicas, entre vários outros assuntos estão alinhados a chancela do marketing e que necessitam de espaço no centro das discussões. Uma empresa de hoje que não tem esses assuntos na discussão de sua estratégia se mostra como um risco ao seu futuro, e é dever do marketing colocar esses temas em discussão.

é fato que indiferente de como, o marketing precisa reassumir o protagonismo na tomada de decisões dentro do ambiente corporativo. E as próprias mudanças da sociedade e da tecnologia justificam esse ponto. 

O autor e especialista de marketing Rodrigo Rocha faz um bom resumo das necessidades do profissional de marketing ao comentar que “para entregar bons resultados hoje, o profissional de marketing precisa ser cientista, para entender os números e os impactos da tecnologia. Tem que ser artista, para ser capaz de gerar emoção positiva. E, também, ser ativista, no sentido de estar alinhado com os desejos evolutivos da sociedade”.

O profissional de marketing, como Rocha aponta, tem várias faces e várias tarefas impostas que tem o dever de posicionar. Só não pode ficar de fora do debate estratégico das organizações. Sem estratégia, marketing vira propaganda, e quem entende que marketing é propaganda precisa rever seus conceitos.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

O amor é a flor da pele e eterno!

“Antigamente, se alguém tivesse um segredo que não quisesse partilhar, subiam uma montanha, procuravam uma árvore, abriam um buraco nela e sussurravam o segredo para dentro do buraco. Por fim, cobriam-o de lama e lá deixavam o segredo para sempre” A frase acima é dita por Chow Mo-Wang a seu amigo Ping, no filme Amor à Flor da Pele (2000), do diretor chinês Wong Kar-Wai, em uma das histórias de amor mais bem contadas do cinema, segundo muitos críticos. Kar-Wai consegue em seu filme dedicar ao amor a tradução que talvez mais o represente: a eternidade, ou o popularmente, até que a morte nos separe. Na história, conhecemos sr. Chow e a srta. Li-zhen Chan, os dois se mudam para Hong Kong da década de 60 com seus respectivos cônjuges no mesmo dia, onde ocupam quartos vizinhos de um mesmo edifício. Em comum, além do lugar onde vivem, os dois tem a ausência total dos parceiros, e posteriormente uma descoberta: seus cônjuges estão tendo um caso entre si. A descoberta aproxi...

Metaverso

Como a empresa de Mark Zuckerberg visualiza o nosso futuro No último dia 28 o Facebook comunicou a mudança do nome da empresa, passando de Facebook Company Inc. (proprietária, além do Facebook, do Instagram e WhastApp) para Meta Platforms Inc. Muito foi dito sobre os motivos que levaram a mudança, desde criar uma cortina de fumaça para os escândalos divulgados por Frances Hauges e intitulado Facebook Papers (link: https://www.cnnbrasil.com.br/business/facebook-papers-veja-o-que-os-documentos-vazados-revelam-ate-agora/) até uma clara desassimilação da empresa Facebook com a rede social de mesmo nome, que vem perdendo popularidade a cada dia, especialmente com os mais jovens. Ambos são assuntos que renderiam discussões à parte, mas aqui pretendo focar no conceito de metaverso, que há meses vem sendo difundido massivamente pelo Facebook e que Mark Zuckerberg aposta todas as suas fichas para construir seu novo império. O que é metaverso? Segundo a descrição do site Techtudo , “o metaverso ...

Aerosmith

Eu sou cria dos anos 90, então queria mesmo era ver hit atrás de hit do vocalista de roupas extravagantes e jeitos e trejeitos exagerados. Conheci Steven Tyler e companhia no lançamento do clip de Fly Away From Here, em 2001. Apresentado como o clip mais caro da história até então, e ambientado em um ambiente futurista, com direito a luta de robôs e Jessica Biel, a música me pegou na hora. Fui atrás de quem era aquela banda e me surpreendi duas vezes. Uma por serem os mesmos músicos da música tema do filme Armagedon, que mais tarde fui entender como a fantástica I Don’t Want to Miss A Thing. E outra por se tratar de uma banda ativa desde 1970. Talvez esse seja a principal resposta para o Aerosmith ainda fazer sucesso depois de 46 anos de estrada. E o que se viu no Anfiteatro Beira-Rio na noite de ontem foi um compilado de hits que buscaram agradar a incríveis três gerações de fãs. Da arquibancada, em minha frente via três casais com seus 30 a 40 anos. Ao meu lado, uma senhora de ...