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Mostrando postagens de 2010

A fita K7 ou, como me tornei colorado!

O ano era 1997, mas lembro como se fosse hoje! Até então, não tinha a mínima ideia do que era o Internacional. Para mim, um time que vestia vermelho, só! Mas naquele ano aquele time fraco e inexpressivo vencia o então, bi campeão da américa e do campeonato brasileiro. Aquele time ganhou de 1 a zero e festejou como nunca o título do campeonato gaúcho de futebol. Para mim, na época com seis anos de idade, não existia alegria maior! Aquele seria o meu time, ao qual me tarjava a título de torcedor! É fato que ainda antes disso já possuía a vestimenta vermelha, dada por pais colorados, mas não significava a mesma coisa. Um fator, como nenhum outro intensificou essa paixão. Uma fita K7! Ganhei ela de não sei quem, não sei quando, não sei como! Uma fita K7 com o brasão do Internacional na capa. De um lado, vários gols do Inter narrados, se não me engano por Haroldo de Souza, do outro, ou jogo completo (ou partes) do Grenal dos 5 a 2 no campeonato brasileiro do mesmo ano! Era engraçado! Eu a o

George

Alguns momentos que a vida nos proporciona são engraçados. Nunca acreditei em coincidências nessa vida, creio que tudo que acontece a cada um de nós, tem algum outro sentido (muito além de nosso conhecimento), complicado de entender. Não coloco em discussão a veracidade desse pensamento, apenas deixo perguntas no ar. Esta manhã ao pesquisar valores para uma nova máquina de lavar, percorri pelo centro algumas lojas de eletrodomésticos. Na última, onde passei um tempo maior em negociação com o vendedor, ouvia pelo som ambiente da loja a música “My Sweet Lord” do eterno Beatle George Harrinson. Fazia tempo que não escutava algo da carreira solo de Harrinson, um pouco pela comoção que foi o show de McCartney (vide o último post), um pouco pelos acontecimento factoides envolvendo revistas e John Lennon. Em resumo, sem sombra de dúvidas, novembro foi o mês mais Beatle de minha vida. O show de Paul McCartney, os discos e notícias de John e o anúncio de que Ringo Starr poderia vir ao Brasil em

Yesterday

Esta noite tive um sonho maluco! Sonhei que estava em Porto Alegre, na frente do Beira Rio, uma multidão de pessoas ao redor. Todo mundo com camisas parecidas, sempre com quatro pessoas nelas, inclusive eu vestia uma assim. Fiquei 4 horas e meia parado no sol, esperando aquela fila andar! O mais engraçado é que ninguém reclamava, pior, riam, via-se todos com os olhos brilhando, jovens, pessoas mais velhas, adultos, crianças... A fila andou, em questão de 10 minutos estávamos dentro daquele estádio, lindo como nunca, entramos correndo, dando a volta em metade do anel inferior. Não sei para onde corríamos, mas corríamos, um lugar esperava por nós, não olhávamos para os lados, era pouca gente e as horas de espera valeram a pena, e aquela corrida não nos levou, nos trouxe a um lugar que esperava por nós. Um lugar perfeito, a 500 metros de um palco gigante, ele só já era uma atração. Achei que tínhamos ido ver o palco. Mas sentamos e esperamos o que diziam ser algo mais, algo nunca visto an
"Eu volto aos filmes antigos não apenas para revê-los, mas também com a esperança de reviver as sensações de quando os vi pela primeira vez. (Isso não se aplica somente aos filmes, mas a tudo na vida). David Gilmour, O clube do Filme, p. 150

O Vento

Talvez deva procurar ajuda, tirar umas férias, sair de bicicleta com uma mochila nas costas, sei lá o que. O que sei é que continuar esperando o inesperado talvez não seja uma ideia tão genial como imaginei. É segunda feira, quase meia noite, a noite que se desenhava calma vira tempestade de uma hora pra outra! O vento lá fora, forte e assustador parece dizer algo ao qual não compreendo, que insisto decifrar. 10, 20 minutos se passaram e aquele assovio agudo, aquele céu escuro e as luzes dos apartamentos acendendo e apagando me hipnotizam, não há como voltar para dentro de casa sem antes entender o que tudo aquilo significa. Talvez nada, com certeza uma simples manifestação da natureza, mas para quem espera o inesperado, tudo é um sinal. O vento me disse várias coisas enquanto o escutava, e continua dizendo enquanto escrevo. Desde a época em que ele fazia levantar a capa de super-heroi, ou a toalha do banho a qual era amarrada ao pescoço nos bons tempos da infância, até quando, ao bate

Passing Afternoon - Iron & Wine

Há horas que passam pra você como Fins de tarde O verão aqueceu a janela aberta de sua lua-de-mel E ela escolhe um jardim para queimar, mas a terra a lembra Colher de jardineiro, seus filhos agitando suas flores de Boungaville Existem coisas que erram por aí, como seus eternos e numerosos dias O outono bagunçou o perfeito acolchoado da cama perfeita que ela fez E ela está preferindo acreditar nos hinos que sua mãe cantava Domingo tira suas crianças de suas pilhas de folhas caídas Existem navios de partida que passam nossos corpos na grama Primavera chama seus filhos desde que ela os deixou finalmente ir E ela vem escolhendo onde estar, embora perdeu seu anel de casamento Em algum lugar perto de seu desorganizado pote de sementes de Boungaville Existem coisas que não podemos recordar, cegos como as noites que nos encontram O inverno tomou suas crianças, frágeis como bonecas chinesas Mas minhas mãos relembras às dela, envolvendo as samambaias Braços nus, seus segredos soam para mim, como

Colorado!

Tensão, Nervosismo, Calafrios, Pressão, Medo, Susto, Gol... Coragem, Confiança, Fé, Certeza, Destino, Sobis, Gol... Gritos, Motivação, Superação, Garra, Talento, Leandro Damião Gol... Euforia, Emoção, Raça Camisa, Predestinado, Giuliano, Gol... Vitória, Conquista, Felicidade, Amor, Paixão, Gigante Internacional, Campeão, Libertadores 2010!

Se

Não a conheci frente ao tapete vermelho do Festival de Cannes, muito menos passeado num sábado à tarde pela Hollywood Boulevard em Los Angeles. Se a conheci, provavelmente tenha sido em uma manhã fria de domingo, daqueles que parecem não existir e vista somente em filmes com um bom trabalho de iluminação e uma fotografia bem acabada. Note que iniciei esta última frase com “se”, este “se” é explicado diante minha indecisão sobre sua existência. Compreendo que seja confuso para quem lê a primeira vez. Mas não a mim, que terei por bem, explica-la no decorrer do texto. Já há algum tempo convivo com pessoas! Todas com seus traços, perfis, defeitos e qualidades. A esta encontro um trabalho por si ímpar a tudo o que acompanhei desde a sonhada manhã fria de domingo. Domingo, pelo dia ser atípico, quase como um vislumbre de outro modo de vida o qual é passado sem ser percebido todo início de semana. Manhã, por ser ela a parte do dia que mais é injustiçada. Mesmo dedicando algumas das visões

Em Busca Da Juventude Perdida

Não meu caro adolescente, o mundo não esqueceu de você. Ele clama por ti pequena mente ilustre e boba. Eis a fase da vida onde tudo é maravilhoso, E ao mesmo tempo monótono. Vive um espaço de tempo que parece correr, Mas que baila em passo cadenciado, Em marcha lenta. Vive no estado de tempo mais delicado da vida, Onde o futuro tem sabor doce, E o passado parece ficar a quilômetros de distância. Sofre de incompreensão, inconformismo. Esta sozinho no mundo em seus pensamentos, Rodeado por infinitos amigos quando sai deles. Eleva-se ao extremo de encontro a luzes e sons. Rebaixa-se a inércia quando o clarão no fim do túnel parece mais longe do que pensou. Vive uma vida de estrela de cinema, Enquanto a diversão vem mesmo em chuva ou pés descalços. Tens o dom de ser rei, Mesmo quando é declarado vassalo. Viva o mundo insigne e nobre alma, Viva ele enquanto podes, Adolescência é paixão e descoberta, De um tempo que corre, voa, Sem

Breathe

Da fonte que se eleva a vida, De tudo que percorre o mundo Seja pelo ar ou pelo mar Vivo um sonho Que como qualquer outro Tende a se esgotar Da renúncia ao real Desde o declínio humano A um final de tarde desprezado Elevo-me ao sobejo extremo Em uma noite de bom som e vinho. As badaladas do relógio virtual Abrem-me portas a um mundo que é meu por direito Deito-me sobre ele, e ali fico. No resguardo das estrelas Entoando uma vida irreal Sem final feliz, mas de índole nobre A manhã me acorda para um regresso ao mundo onde tudo é tangente aguardo o tempo passar transfigurado em um ser de normas e moral até ao seguinte anoitecer quando o sonho volta a ser sonhado, e a vida novamente repousa.

Relato

O que move o homem não é o estar É o ser Movido por forças que contraem O que se imagina Rebaixado por insanos Que permitem Transtornado por fatos Que reprovam O que move o homem é o céu Que inspira e provoca É o tempo Que atordoa que intriga É a lagrima Que dói e aflige A chuva é um fator O vento é um fator A fumaça um fator Fútil habitante da noite Que se obriga a viver do dia Imprestável senhor dos sons Que silencia tudo o que sente Viver se resume em criar situações E esquecer-se de vivê-las Viver momentos é menosprezar o todo Viver o todo é esquecer o sentido do prazer Uma noite, Um espaço de tempo, Uma vida, Um segundo! O que move o homem não é a vida, É a morte!

Sob Um Céu de Blues...

Talvez fosse a chuva e aquele clima ficcional formado por ela em conjunto a uma noite cinzenta de um inverno gelado. Ao mundo, era mero figurante ao qual contracenava junto à soberania dos demais protagonistas em cena. Uma parada de ônibus vazia, uma longa baforada de cigarro e tudo que prossegue pertence àquela visão, a qual me via atuante. De cenário rotineiro a muitos para irreal a poucos, este me valeu o papel e a caneta para transcrever minha pequenez, transparecer tal fragilidade, tomar nota de algo que não é meu, tampouco daquele qual viveu certo passado. O que escrevo pertence apenas aquela noite, a qual por meros segundos fiz parte. O cheiro de chuva conforta. Tudo o que queria era estar só, fazer-me grão-maior do pouco que era. Aquele espaço de tempo me elevou a outro mundo, este sem propósito, apenas como uma visita a um cenário do qual já sabia o caminho, mas não como encontrá-lo. Alívio! De saber de sua existência, de modo inconsciente, mas que leva peso ao entrar em

Sonhos

A minha relação com eles não foi lá das mais amigáveis. Irritava-me quando chegava à escola pela manhã e ouvia todos meus colegas contando histórias sobre eles e eu sem uma para ao menos guardar de lembrança. Confesso que eles têm parte importante na minha vida. Adorava quando neles estava, e odiava quando os mesmos acabavam ou como na maioria das vezes, eram interrompidos. Lembro-me de quando voltava deles rindo alto, assustado, às vezes triste por voltar à realidade, atordoado, chorando, desesperado, animado, reflexivo... Mil e uma feições com certeza, nenhuma de razão comparável. Quando neles estava, a realidade era incrível, parecia estar vivendo-os realmente, mas ao primeiro segundo de retorno a “terra firme”, eles viravam uma lembrança vaga, que iria se apagar completamente durante os cinco minutos seguintes. Lembro-me de varias situações, mas a que mais me causa estranheza ocorreu quando ao voltar, sem despertador e nenhum barulho aparente, sob um profundo silêncio, abro

Uma Palavra com o Rei

Já dizia Roberto Carlos, “quem espera que a vida, seja feita de ilusão, pode até ficar maluco, ou morrer na solidão...” Como bom cidadão dos anos 90, escutei esta frase pela primeira vez na voz de Paulo Miklos do Titãs, e que levei como ensinamento de vida, até lê-la novamente. É complicado para eu concordar com tal teoria, até entendo o raciocínio do cantor mais assediado em finais de ano, mas seu pensamento me fica um pouco mal formulado, ou deixa espaço para segundas interpretações, como é o caso da minha. Entendo que “é preciso ter cuidado para mais tarde não sofrer”, mas, como ele chegou à afirmação de que “é preciso saber viver?” Bem provável que sofrendo quando não teve cuidado! Espanta-me ainda mais o homem que cantava: “além do horizonte deve ter, algum lugar bonito pra viver em paz” ou “estou só a 200 por hora, vou parar de pensar em você, pra prestar atenção na estrada” venha me dizer que quem vive de ilusão pode até ficar maluco. Então decifro maluco como alguém q