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Mostrando postagens de setembro, 2010
"Eu volto aos filmes antigos não apenas para revê-los, mas também com a esperança de reviver as sensações de quando os vi pela primeira vez. (Isso não se aplica somente aos filmes, mas a tudo na vida). David Gilmour, O clube do Filme, p. 150

O Vento

Talvez deva procurar ajuda, tirar umas férias, sair de bicicleta com uma mochila nas costas, sei lá o que. O que sei é que continuar esperando o inesperado talvez não seja uma ideia tão genial como imaginei. É segunda feira, quase meia noite, a noite que se desenhava calma vira tempestade de uma hora pra outra! O vento lá fora, forte e assustador parece dizer algo ao qual não compreendo, que insisto decifrar. 10, 20 minutos se passaram e aquele assovio agudo, aquele céu escuro e as luzes dos apartamentos acendendo e apagando me hipnotizam, não há como voltar para dentro de casa sem antes entender o que tudo aquilo significa. Talvez nada, com certeza uma simples manifestação da natureza, mas para quem espera o inesperado, tudo é um sinal. O vento me disse várias coisas enquanto o escutava, e continua dizendo enquanto escrevo. Desde a época em que ele fazia levantar a capa de super-heroi, ou a toalha do banho a qual era amarrada ao pescoço nos bons tempos da infância, até quando, ao bate

Passing Afternoon - Iron & Wine

Há horas que passam pra você como Fins de tarde O verão aqueceu a janela aberta de sua lua-de-mel E ela escolhe um jardim para queimar, mas a terra a lembra Colher de jardineiro, seus filhos agitando suas flores de Boungaville Existem coisas que erram por aí, como seus eternos e numerosos dias O outono bagunçou o perfeito acolchoado da cama perfeita que ela fez E ela está preferindo acreditar nos hinos que sua mãe cantava Domingo tira suas crianças de suas pilhas de folhas caídas Existem navios de partida que passam nossos corpos na grama Primavera chama seus filhos desde que ela os deixou finalmente ir E ela vem escolhendo onde estar, embora perdeu seu anel de casamento Em algum lugar perto de seu desorganizado pote de sementes de Boungaville Existem coisas que não podemos recordar, cegos como as noites que nos encontram O inverno tomou suas crianças, frágeis como bonecas chinesas Mas minhas mãos relembras às dela, envolvendo as samambaias Braços nus, seus segredos soam para mim, como