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Mostrando postagens de 2021

Os mestres já foram superados?

 O “novo marketing” que estamos conhecendo já há alguns anos vem trazendo desafios inéditos aos profissionais do setor. E cada vez mais questionando as teorias daqueles que o conceituaram  Sobre a publicidade: Há alguns meses uma entrevista do genial publicitário brasileiro Washington Olivetto à Época Negócios, ganhou destaque na imprensa por suas críticas ao uso excessivo de dados na propaganda em detrimento da criatividade. Olivetto argumenta que a publicidade atual está chata. Em uma segunda fala, ele diminui a importância dos influenciadores e dos creators atuais, apontando que são uma evolução dos “garotos-propaganda” do passado e não representam nada de novo. Nas falas dele: “Você pode ter até alguns personagens interessantes, mas são uma absoluta minoria, e estes vão desaparecer rapidamente”. Apesar de respeitar absurdamente toda a trajetória do publicitário, não há como eu discordar mais dele nesses dois dois pontos. Dados, marketing de influência e tecnologia é o que há de mai

Media for equity

O modelo que vem para dar novos rumos para o marketing de influência e o personal branding só está começando a dar as caras no Brasil e pode pôr fim ao modelo de negócios de publicidade como conhecermos Equity significa o patrimônio líquido da empresa, ou sua participação societária. Nesse contexto, equity representa os valores que os sócios e proprietários têm na empresa.  E mídia é mídia. Unir os dois termos significa trocar a cobrança de um determinado valor de “propaganda” ou serviços por participação na empresa ou nas vendas. As formas de como o  acordo pode ser realizado são as mais diversas, mas o pressuposto é ter o envolvimento da empresa ou profissional contratado no resultado da companhia contratante.  Todo produto ou serviço precisa de visibilidade para gerar venda, e este é o principal ativo oferecido por esses parceiros de mídia. O atual e tradicional caminho a ser seguido pelas empresas até então é a propaganda. Ou seja, pagar determinada quantia por um espaço de visibil

NFTs e tokens digitais

Assim como existia um mundo antes e depois da internet, a ascensão do blockchain permitirá um novo capítulo da nossa atual era digital, e as NFTs e demais tokens digitais são apenas o início dessa revolução. No dia 25 de novembro, o dicionário inglês Collins elegeu NFT (mesmo sendo uma sigla), a palavra do ano, definindo-a como “uma colisão única de arte, tecnologia e comércio”. Além disso, o Collins destacou ainda que o uso do termo decolou mais de 11.000% no ano passado, o que o tornou "onipresente". NFT é uma sigla para non-fungible tokens, ou na tradução, tokens não-fungíveis, e une dois conceitos importantes para sua compressão: o primeiro conceito é de algo não fungível, ou seja, que possui características únicas e não pode ser copiado ou trocado de igual maneira por outro ativo. O dinheiro, por exemplo, é fungível, uma vez que pode se trocar facilmente uma nota de um dólar por outra. Algo não fungível é, por exemplo, uma obra de arte ou uma música, que possui um valor

Qual será o futuro das instituições financeiras?

Os grandes bancos brasileiros, que mal conseguiram entender o fenômeno das fintechs, seguem atrasados diante do futuro de um setor que segue em ebulição. Talvez você não se recorde, mas há oito anos o sistema financeiro brasileiro era um mar de tranquilidade. Controlado confortavelmente por cinco empresas, sendo duas estatais e três privadas, os “bancões” como hoje são apelidados, eram (e ainda são) os donos das maiores verbas de publicidade e das marcas mais conhecidas e valiosas do país. Naquele tempo era comum pagar taxas de manutenção de conta e anuidade de cartão de crédito com juros acima de 200% no cartão. Para abrir uma conta era necessário ir até uma agência física e aguardar em filas até ser chamado. O mesmo processo acontecia quando havia a necessidade de algum atendimento especial, tirar dúvidas ou resolver problemas. Esse cenário começou a se transformar em 2013, com o início da penetração das fintechs, principalmente de contas digitais do país. Na época, parecia impossíve

Porque você deveria assistir aberturas de séries?

 Acessar a Netflix, escolher uma série, dar play, apertar o botão de pular abertura, relaxar e começar a assistir. Essa é uma lógica seguida pela maioria das pessoas e que você que está lendo esse texto, provavelmente está incluso. Minha missão aqui é convencê-lo a não pular mais a introdução de séries e filmes. Aceita o desafio? Principalmente se tratando de filmes, a abertura, ou os créditos iniciais, fazem parte da história e dão pistas de como será o tom de todo o filme. Uma das mais representativas talvez seja a abertura de Seven - Os sete crimes capitais, que utiliza de um estilo próprio e construído para o filme, indicando o tom de suspense e inserindo informações dos próprios criminosos que vamos conhecer durante o longa. Outro exemplo é Alien - o oitavo passageiro, que constrói o título do filme (e o clima de suspense) de uma forma tensa e bela ao mesmo tempo. Porém, mesmo a introdução não contando história alguma, ela deve ser apreciada pelo fator ambiental que representa. A

Metaverso

Como a empresa de Mark Zuckerberg visualiza o nosso futuro No último dia 28 o Facebook comunicou a mudança do nome da empresa, passando de Facebook Company Inc. (proprietária, além do Facebook, do Instagram e WhastApp) para Meta Platforms Inc. Muito foi dito sobre os motivos que levaram a mudança, desde criar uma cortina de fumaça para os escândalos divulgados por Frances Hauges e intitulado Facebook Papers (link: https://www.cnnbrasil.com.br/business/facebook-papers-veja-o-que-os-documentos-vazados-revelam-ate-agora/) até uma clara desassimilação da empresa Facebook com a rede social de mesmo nome, que vem perdendo popularidade a cada dia, especialmente com os mais jovens. Ambos são assuntos que renderiam discussões à parte, mas aqui pretendo focar no conceito de metaverso, que há meses vem sendo difundido massivamente pelo Facebook e que Mark Zuckerberg aposta todas as suas fichas para construir seu novo império. O que é metaverso? Segundo a descrição do site Techtudo , “o metaverso

Pep Guardiola: liderança e alta performance

All of nothing: Manchester City, disponível na Amazon Prime revela um pouco dos bastidores da histórica campanha do técnico espanhol em seu segundo ano no time inglês Recentemente assisti a série/documentário All or nothing: Manchester City. Que acompanha o time inglês durante a temporada de 2017/2018, quando conquistou o seu quinto título da Premier League, sendo o primeiro clube a superar o barreira com 100 pontos. O início dessa trajetória vitoriosa começou um ano antes com a contratação do treinador Pep Guardiola, vindo do Bayern de Munique. Ele comandou uma revolução no modo de jogar futebol do clube que exigiu uma enorme transformação para os jogadores. A série entrega um pouco dos bastidores sobre o modo que Guardiola usa para comandar sua equipe e os movimentos que o clube fez para adaptar investimentos e estratégia à forma de pensar do treinador.  Apesar de breve, apenas 8 episódios de, em média 45 minutos, o passeio entre vestiários, palestras de preparação para os jogos, via

Ted Lasso, liderança e gestão de equipes

  Série americana da Apple TV+ traz uma visão otimista sobre a sociedade e serve de perfeita alusão ao mundo dos negócios Não deixe se enganar pela trama básica de um treinador de futebol americano que viaja até a Inglaterra para assumir um time de futebol da Premier League sem conhecer nada do novo esporte. Ela é apenas um plano de fundo para uma história de relações humanas e trás questionamentos sobre o quão estamos acostumados a um único modo de ver a vida. Na série Jason Sudeikis vive o personagem título que tem como características um otimismo, carisma e bondade extremos. Ao chegar em seu novo trabalho se depara com um clima hostil entre os jogadores e grande segregação entre os astros do time, os demais jogadores, a equipe técnica e a direção. O curioso aqui é que diante deste cenário, a figura que mais nos causa estranheza é a de Lasso, e não do ambiente e das pessoas que encontra. Este é o primeiro sinal de que algo não está certo. A série persiste nesse paradigma colocando o

Confiança como elemento de valor para o negócio

Foi-se o tempo em que marcas precisavam de história e tradição para se mostrar relevantes ao consumidor.   Existe uma percepção errada no mundo do marketing de que confiança em marcas se constrói com o tempo. Passado. São vários os casos de empresas que conseguiram apresentar uma estratégia de posicionamento que as colocaram com certa rapidez no hall de grandes marcas. Isso, claro, se o produto ou serviço for bom e entregar valor ao consumidor. Sucos Do Bem e Nubank são dois exemplos de empresas novas e que viraram líderes de mercado em muito pouco tempo. AOC e Hyundai são empresas tradicionais que fizeram um reposicionamento e hoje também são referência em seus setores. Isso sem precisar entrar no segmento de tecnologia, que lança uma empresa tendência a cada semana.   Recente pesquisa da Intelipost junto ao site E-commerce Brasil revelou que para 40% dos respondentes, o elemento mais importante ao realizar uma compra online é a confiabilidade da marca. O resultado é quase o dobro do