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Mostrando postagens de julho, 2015

Vamos falar sobre isso?

Em 2010 fui ao show do Paul McCartney, em Porto Alegre. Fui sabendo que seria a primeira e talvez a última vez que veria um beatle vivo na minha frente. Seria uma experiência única então precisaria aproveitar cada minuto, cada segundo. Pensando nisso, levei minha câmera digital e meu celular, claro. No entanto, quando o show começou, por mais que o estádio inteiro ao meu redor estivesse de câmeras e celulares a postos para filmar aquele momento histórico, optei por registrá-lo apenas com os olhos. Não tenho nenhuma foto e nenhum vídeo daquele show. A lembrança que tenho de Paul está na minha memória. Aproveitei todos os instantes, guardei comigo todas aquelas emoções que vão durar a vida inteira, e quando der vontade de rever qualquer momento, tenho a mordomia de assistir pelo Youtube todos os vídeos lá gravados e por consequência, publicados.                 O motivo da lembrança é este vídeo aí embaixo, a nova campanha lançada pela Vivo esta semana, que questiona se est

A educação brasileira e o audiovisual

Já não é novidade que a internet mudou totalmente o mundo em que vivemos. Além da mudança tecnológica, passamos por uma importante mudança social, que ainda estamos começando a entender. O modo como nos mantemos informados é um exemplo disso. Antigamente era comum em locais públicos encontrar jornais e revistas, a informação de credibilidade estava lá, impressa e tangível. Era um método fácil de ficar informado. Precisávamos basicamente de uma lógica de interpretação de textos, esta aprendida na escola, para decorrer os olhos sobre as gigantescas matérias e reportagens. Quanto mais caracteres, mais credibilidade ela era. Ainda temos em mente a imagem do intelectual que cruzava as pernas com um jornal standard no colo para se “atualizar” sobre o mundo. Digo “temos em mente” por que ver essa imagem ao vivo é cada vez mais raro. O intelectual hoje pode fazer o mesmo exercício manuseando um tablet, teclando no notebook ou acessando o smartphone. No entanto, nem só de “palavras