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Não existe planejamento sem estratégia 2/2



No texto anterior foi vista a importância de ter um trabalho em marketing arquitetado e conciso. Isso é parte extremamente importante do processo, mas não toda. Em verdade, aqui entra um ingrediente essencial, que transforma qualquer campanha em sucesso ou fracasso.





Antes de qualquer exposição externa, a estratégia de marketing deve estar alinhada com a estratégia de negócios da empresa. A empresa tem que ser coesa com aquilo que acredita e não é errado, por exemplo, estar alinhada a uma oportunidade que o próprio mercado oferece. O Walmart há décadas se posiciona como atacadista de preços baixos. Quem vai até lá busca preço, e sabe que em troca não vai encontrar muito conforto ou o atendimento pessoal que recebe no mercado da esquina de casa. A questão aqui é a estratégia de marketing ser fiel ao negócio da empresa. Quando isso ocorre, a empresa é justa com seus clientes, seus funcionários, seus acionistas e stakeholders.

Uma campanha de marketing triunfa quando entrega ao seu público realmente o que ele espera. E isto só é possível quando o marketing está envolvido em todo o processo de decisão, da coleta da matéria-prima ao pós-venda, e levando todo esse know-how para o seu público, este o mais importante decisor.

Caminhamos para mercados cada vez mais nichados. Isso se mostra uma tendência e um alerta. Quanto mais segmentado o público, mas exigente ele se torna. Acrescemos a isso a exigência do consumidor moderno, que tende a evoluir cada vez mais. E isso vai de encontro ao conceito de marketing 3.0 que Kotler já nos apresentou, com foco em valores e no ser humano.

Foi-se o tempo em que vender era simplesmente expor o produto certo, no local certo e na hora certa.
Hoje isso é o básico, pois mesmo que toda a sua cadeia de produção o coloque a 20 centímetros de seu consumidor no momento ideal que precisa, é a decisão dele quem conta. E se a sua marca não estiver de acordo com os valores que ele acredita, a opção de troca estará do lado.

O objetivo final com isso é seguir o que a teoria diz, mas que não vemos muito na prática: fazer da estratégia de marketing, a estratégia de negócios, e a partir dela nortear os caminhos da empresa com base em mercados mais abertos, conscientes e justos.

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