Pular para o conteúdo principal

Dissemine a cultura do branding para toda a empresa

 

Quando uma empresa conta com uma área de marketing, é quase sempre para ela também que recai toda a responsabilidade com a marca da empresa. Um olhar mais coletivo sobre essa questão pode trazer bons insights e resolver problemas de experiência.


Há até pouco tempo a área de recursos humanos era o setor responsável pela gestão de pessoas dentro de uma empresa. Recaia sobre os ombros do diretor de RH e sua equipe a responsabilidade pelo desenvolvimento dos funcionários, a definição de promoções e demissões, a abertura de novas vagas, o modelo de gestão a ser seguido, o temido índice de turnover, e principalmente, o clima da empresa. Se algum desses fatores não andasse bem, era dever da equipe de RH encontrar soluções adequadas para isso.

Nas últimas décadas um olhar mais atualizado sobre o tema mostrou que, apesar da liderança estratégica e orientadora de Recursos Humanos, a responsabilidade por muitos dos fatores que envolvem pessoas é dos gestores e líderes da empresa. Dificilmente hoje um novo funcionário consegue assumir a frente de uma equipe sem o mínimo conhecimento sobre gestão e desenvolvimento de pessoas. É responsabilidade dele, e não mais do diretor de RH, o bom clima e o desenvolvimento e crescimento profissional da equipe. Inclusive tendo papel essencial nos processos de admissão e demissão. Os gestores e líderes, viraram também, peças chaves do setor de RH.

Uma das maiores atribuições da área de marketing é a responsabilidade pela gestão da marca da empresa (branding). É através do diretor de marketing que a marca é respaldada e defendida, e passa muito por ele e sua equipe a estratégica para torná-la relevante e lembrada no mercado. 

Apesar de não haver dúvidas da necessidade da área em manter o devido cuidado sobre ela, há um bom tempo a marca também deixou de ser responsabilidade única da área de marketing ou comunicação. Assim como o departamento de RH se tornou onipresente pelas ações dos gestores e líderes da empresa, assim a marca precisa se estabelecer dentro de uma empresa.


O primeiro lugar onde uma estratégia de branding precisa ser entendida e incorporada é dentro da própria empresa


É importante para o funcionário entender o que é a marca, o que ela quer transmitir, qual seu propósito, com ela quer se comunicar e de que forma. E importante para a empresa como um todo (e não apenas o marketing) respaldar essas ações. O primeiro lugar em que uma estratégia de branding precisa ser entendida e incorporada é dentro da própria empresa, mas assim como era impossível para a área de RH ser responsável pela gestão de todos os funcionários, é impossível para branding, se responsabilizar por esse aculturamento. Semear este discurso de forma clara, simples e orgânica é o caminho para uma empresa mais comprometida com seus ideais e a sua verdadeira.


Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

O amor é a flor da pele e eterno!

“Antigamente, se alguém tivesse um segredo que não quisesse partilhar, subiam uma montanha, procuravam uma árvore, abriam um buraco nela e sussurravam o segredo para dentro do buraco. Por fim, cobriam-o de lama e lá deixavam o segredo para sempre” A frase acima é dita por Chow Mo-Wang a seu amigo Ping, no filme Amor à Flor da Pele (2000), do diretor chinês Wong Kar-Wai, em uma das histórias de amor mais bem contadas do cinema, segundo muitos críticos. Kar-Wai consegue em seu filme dedicar ao amor a tradução que talvez mais o represente: a eternidade, ou o popularmente, até que a morte nos separe. Na história, conhecemos sr. Chow e a srta. Li-zhen Chan, os dois se mudam para Hong Kong da década de 60 com seus respectivos cônjuges no mesmo dia, onde ocupam quartos vizinhos de um mesmo edifício. Em comum, além do lugar onde vivem, os dois tem a ausência total dos parceiros, e posteriormente uma descoberta: seus cônjuges estão tendo um caso entre si. A descoberta aproxi...

Metaverso

Como a empresa de Mark Zuckerberg visualiza o nosso futuro No último dia 28 o Facebook comunicou a mudança do nome da empresa, passando de Facebook Company Inc. (proprietária, além do Facebook, do Instagram e WhastApp) para Meta Platforms Inc. Muito foi dito sobre os motivos que levaram a mudança, desde criar uma cortina de fumaça para os escândalos divulgados por Frances Hauges e intitulado Facebook Papers (link: https://www.cnnbrasil.com.br/business/facebook-papers-veja-o-que-os-documentos-vazados-revelam-ate-agora/) até uma clara desassimilação da empresa Facebook com a rede social de mesmo nome, que vem perdendo popularidade a cada dia, especialmente com os mais jovens. Ambos são assuntos que renderiam discussões à parte, mas aqui pretendo focar no conceito de metaverso, que há meses vem sendo difundido massivamente pelo Facebook e que Mark Zuckerberg aposta todas as suas fichas para construir seu novo império. O que é metaverso? Segundo a descrição do site Techtudo , “o metaverso ...

Aerosmith

Eu sou cria dos anos 90, então queria mesmo era ver hit atrás de hit do vocalista de roupas extravagantes e jeitos e trejeitos exagerados. Conheci Steven Tyler e companhia no lançamento do clip de Fly Away From Here, em 2001. Apresentado como o clip mais caro da história até então, e ambientado em um ambiente futurista, com direito a luta de robôs e Jessica Biel, a música me pegou na hora. Fui atrás de quem era aquela banda e me surpreendi duas vezes. Uma por serem os mesmos músicos da música tema do filme Armagedon, que mais tarde fui entender como a fantástica I Don’t Want to Miss A Thing. E outra por se tratar de uma banda ativa desde 1970. Talvez esse seja a principal resposta para o Aerosmith ainda fazer sucesso depois de 46 anos de estrada. E o que se viu no Anfiteatro Beira-Rio na noite de ontem foi um compilado de hits que buscaram agradar a incríveis três gerações de fãs. Da arquibancada, em minha frente via três casais com seus 30 a 40 anos. Ao meu lado, uma senhora de ...