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Como anda a sua marca pessoal?

 Vivemos e era do conteúdo e produzir conteúdo relevante é a nova e principal maneira que as marcas vêm usando para ser cada vez mais conectadas com seu público alvo. Esse caminho também é inverso, uma vez que os clientes já buscam se conectar a marcas que entregam algo de útil para a sua vida. E se ao final dessa jornada, além de um CNPJ, seja encontrado um (ou vários) CPFs, os resultados podem ser mais satisfatórios ainda. 



Antes conhecíamos primeiro a empresa, para depois conhecer quem nela trabalhava. Hoje o cenário parece um pouco diferente. Se nos anos 90 dizíamos que o Bill Gates era o dono da Microsoft, hoje dizemos que a Tesla é a empresa do Elon Musk. Uma mudança sutil, mas que muito significa na forma de se posicionar, tanto da empresa quanto do seu líder. 

Com a chegada da internet e das redes sociais, cada vez mais a figurado do fundador, do presidente ou do CEO vem ganhando espaço em mídia, e de forma proposital. Além de Musk, exemplo com Jeff Bezos, Mark Zuckerberg, Richard Branson, e no Brasil Luiza Trajano, Guilherme Benchimol e Sérgio Rial vem ganhando destaque junto as campanhas de comunicação de suas empresas. 

Os motivos que levam a esse movimento são vários, desde a empatia com uma pessoa real, a transparência, a confiança, entre outros. Mas aqui elenco três:


Veracidade ao discurso da marca

A credulidade do discurso soa muito mais real e séria quando a presidente da Peugeot vem a rede nacional divulgar a campanha, do que chamar algum ator muito bem pago para este papel.


Se este presidente é também fundador e figura extremamente conhecida dentro do mercado em que atua, este mesmo movimento é ainda mais relevante. 


A internet quebrou grandes barreiras que separavam uma empresa da opinião ou dos ataques da sociedade. Hoje, essa distância é curta, e movimentos como esse só aproximam e trazem confiança a marca. Afinal, nada mais sensato e lógico do que conhecer aqueles que constroem o produto ou serviço que você comprou.


Reconhecimento e networking

Se o personal brand não gera a confiança para a marca, ele pode muito bem servir para empoderar o executivo. Uma segunda forma de muito bem utilizar a sua marca pessoal é não se preocupar tanto com a conexão com a empresa, mas com os valores aos quais você acredita e defende por causa própria. Um ótimo caso é o do empresário Flávio Augusto, dono da escola de inglês WiseUp e do clube de futebol Orlando City. Flávio vem ao longo dos anos usando a sua marca pessoal para falar de empreendedorismo e educação para jovens e empreendedores do Brasil. A própria Luiza Trajano, citada anteriormente, abraçou a pauta do empreendedorismo feminino, como sua causa própria. E Gustavo Caetano, CEO da Samba Tech, empresa de tecnologia, usa do humor nas suas redes sociais para falar de gestão e também empreendedorismo. Apesar do caráter social das causas, todas elas também acabam gerando receita para os empresários, por meio de participação em palestras, eventos e cursos, conexões e negócios, dada a relevância do conteúdo criado. Além de respingos na própria marca, uma vez que cada aparição dos executivos gera comentários sobre ela, ou até mesmo, de forma mais direta, por meio da confiança passada para uma compra de ações


Construir sua própria marca dá condições para pessoas e empresas conhecerem a sua forma de pensar e ver o mundo. Marcas, muito mais que habilidades técnicas, buscam pessoas que se conectem com o que acreditam.

 

Crescimento profissional 

O personal branding também vale para todos que ainda não possuem empresa ou não tem essa intenção. Construir sua própria marca dá condições para pessoas e empresas conhecerem e entenderem a forma de pensar e ver o mundo. Marcas, muito mais que habilidades técnicas, buscam pessoas que se conectem com o que acreditam. Deixar exposto suas bandeiras e seu modo de ver o negócio são formas de deixar o jogo mais claro e aumentar a possibilidade de estar próximo a um empregador, parceiro ou futuro sócio que você vá se conectar.


A internet permitiu a todos nós criar uma vitrine pública do que somos e no que acreditamos. Seres humanos (e empresas também) se conectam por afinidades e, sim, interesses. Abrir mão de usar essa vitrine é uma opção que não vai prejudicar a sua carreira, mas é uma oportunidade perdida de se destacar e mostrar o seu diferencial. Hoje, é isso que os grandes líderes vêm fazendo.


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