Você viu? Copa do Mundo do Catar será patrocinada pela Crypto.com. Barcelona fecha patrocínio com Spotify e Camp Nou será renomeado
Hoje foram realizados os sorteios dos grupos da Copa do Mundo de 2022, que acontece em novembro, no Catar. Mas deixando de lado a esfera futebolística, esta foi a primeira vez que vimos alguns dos novos patrocinadores do evento promovido pela FIFA, e que reforçam ainda mais o grande movimento de transformação digital que o mundo está passando.
Patrocínios de grandes eventos esportivos e de entretenimento sempre revelam que setores da economia vem dominando ou ascendendo no atual momento. Usando como exemplo a própria Copa do Mundo, na edição de 1994, alguns dos patrocinadores eram: Canon, Fujifilm, General Motors, Gillette, JVC, Philips e Snickers. Em 2006, na Alemanha, tínhamos empresas como: Avaya, Continental, Emirates Airlines, Toshiba e Yahoo!.
E em 2022 temos até o momento: adidas, Coca-Cola, Hyundai, McDonald's, (parceiros históricos da Fifa), Qatar Airways e Qatar Energy (empresas do país sede), Visa, Budweiser, Wanda, Hisense, Mengniu e Vivo (as quatro últimas multinacionais chinesas), Byju’s (multinacional indiana) Crypto.com e Nubank.
Deixando um pouco de lado a já nítida ascensão das empresas chinesas, a Crypto.com se torna a primeira empresa de criptomoedas a patrocinar o evento revelando um movimento das corretoras de cripto cada vez mais próximo do público em geral. A própria Crypto.com anunciou em janeiro o patrocínio e naming rights do histórico Staples Center (agora Crypto.com Arena), casa do Los Angeles Lakers e outros times de Los Angeles. E mais recentemente patrocinando também a Copa Libertadores, o campeonato italiano, o UFC e a Fórmula 1.
As empresas cripto também foram um dos segmentos que mais investiram dinheiro em intervalos do Super Bowl este ano. Os segundos publicitários mais caros do planeta. Na Fórmula 1 são oito empresas que patrocinam as equipes.
Por fim, o movimento da Nubank de patrocinar a Copa revela o movimento de empresas digitais no espaço físico. Aqui no Brasil já é comum vermos Netflix, Google, Disney+, Amazon, TikTok e Mercado Livre, empresas 100% digitais, anunciando em meios de comunicação tradicionais como a TV.
E tende a ser um movimento mais recorrente, buscando, além da visibilidade que os eventos oferecem, uma experiência maior com o público. A citada Fórmula 1 tem entre seus patrocinadores a Amazon e o Zoom (alguém lembra das empresas de cigarro dos anos 90?). A empresa McLaren fechou patrocínio com o Google e Free Fire. E o Barcelona fechou patrocínio e cedeu os naming rights do histórico estádio Camp Nou para o Spotify, passando a chamá-lo agora de Camp Nou Spotify.
Por fim, é sempre importante lembrar que um patrocínio sempre precisa estar atrelado a estratégia de mercado e de marca. Na maioria dos casos citados aqui, lê-se uma nítida tentativa de penetração de mercado e aumento da credibilidade da marca. E uma leitura de que, apesar de serem empresas mundialmente conhecidas, o mercado digital está longe de ter chegado a seu ápice e veremos essas marcas muito mais vezes presentes no mundo físico (antes do metaverso chegar).
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