Talvez deva procurar ajuda, tirar umas férias, sair de bicicleta com uma mochila nas costas, sei lá o que. O que sei é que continuar esperando o inesperado talvez não seja uma ideia tão genial como imaginei.
É segunda feira, quase meia noite, a noite que se desenhava calma vira tempestade de uma hora pra outra! O vento lá fora, forte e assustador parece dizer algo ao qual não compreendo, que insisto decifrar. 10, 20 minutos se passaram e aquele assovio agudo, aquele céu escuro e as luzes dos apartamentos acendendo e apagando me hipnotizam, não há como voltar para dentro de casa sem antes entender o que tudo aquilo significa.
Talvez nada, com certeza uma simples manifestação da natureza, mas para quem espera o inesperado, tudo é um sinal. O vento me disse várias coisas enquanto o escutava, e continua dizendo enquanto escrevo. Desde a época em que ele fazia levantar a capa de super-heroi, ou a toalha do banho a qual era amarrada ao pescoço nos bons tempos da infância, até quando, ao bater no rosto me remetia a uma sensação de liberdade, de dever cumprido e de difícil explicação.
O vento me lembra de que a vida é passageira, que ontem eu tinha quinze anos e agora me preparo para os vinte. Essa passagem que assusta, engrandece e amedronta, onde o próximo passo é sempre o mais difícil. Passo este em que o profissional passa a dominar grande parte do tempo. É estranho, não ruim, mas estranho. O profissional parece não ser a escolha correta, mas quem dera ser agora se nunca fora antes. O inesperado mais uma vez espera um convite para entrar em cena. Talvez o vento possa me relacionar melhor a esse persistente visitante que ousa em não aparecer. Talvez o vento abra a porta a quem ainda não descobri, mas que espero a todo momento!
Bah cara! Muito massa o blog! Bom texto... Me identifiquei, inclusive. HAHA
ResponderExcluirAbraços :)