
Da fonte que se eleva a vida,
De tudo que percorre o mundo
Seja pelo ar ou pelo mar
Vivo um sonho
Que como qualquer outro
Tende a se esgotar
Da renúncia ao real
Desde o declínio humano
A um final de tarde desprezado
Elevo-me ao sobejo extremo
Em uma noite de bom som e vinho.
As badaladas do relógio virtual
Abrem-me portas a um mundo que é meu por direito
Deito-me sobre ele, e ali fico.
No resguardo das estrelas
Entoando uma vida irreal
Sem final feliz, mas de índole nobre
A manhã me acorda
para um regresso ao mundo onde tudo é tangente
aguardo o tempo passar
transfigurado em um ser de normas e moral
até ao seguinte anoitecer
quando o sonho volta a ser sonhado,
e a vida novamente repousa.
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