A atual campanha global do Airbnb é um respeito entre tantas campanhas superlativas que vemos por aí, pois mostra que você não precisa do melhor produto, mas da melhor solução para aquele momento.
Por muito tempo, e ainda hoje, a propaganda mundial tem sido inundada por textos superlativos: “a sua melhor escolha”, “você não pode perder”, “irresistível”. De comerciais a embalagens e frases de vendedores, eles estão em todos os lugares e parecem insistir em uma persuasão que, muitas vezes, funciona, mas que quando exagerada é muito cansativa.
Esse exagero ocorre quando as marcas esquecem algo básico: o respeito à inteligência e ao poder de decisão do consumidor. Isso não significa que uma propaganda não deve persuadir, afinal, ela existe para isso também. Mas existem inúmeras maneiras e momentos de convencer a uma venda, e não necessariamente todas precisam envolver persuasão explícita.
A era dos influenciadores, por exemplo, mal começou e já está saturada de textos que insistem em oferecer produtos que não tem conexão, nem com o influenciador, nem com o público dele.
A campanha global do Airbnb trouxe um respiro nessa pressão pelo CTA e pelo “compre agora” com uma única palavra: “algumas”. “Algumas viagens são melhores com o Airbnb”. Não são todas as viagens, não é a sua próxima próxima viagem, não é a viagem dos seus sonhos. É a viagem que você escolher, se ela fizer sentido para você. E isso é de um respeito imenso ao consumidor.
A maneira como a campanha é construída também posiciona a marca como uma opção no setor de locações e hotelaria, sem deixar de apresentar suas vantagens, diferenciais e atributos. Um exemplo perfeito de conexão de teoria com prática, uma vez que demonstra uma estratégia comercial bem definida e um profundo entendimento sobre a jornada de compra do seu cliente.
É uma campanha que fala tanto com o chamado público “topo de funil”, como aqueles que também estão em um estágio de consideração. Além disso, sua execução é convidativa e agradável, gerando empatia e apreço.
Em um cenário onde inúmeras marcas tentam nos convencer de que seu produto é o “melhor de todos”, aquele que apenas nos convida a testá-la acaba se diferenciando.
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