Pular para o conteúdo principal

Volvo se une à Starbucks para rede piloto de carregamento de veículos elétricos - análise


Posicionamento é a chave para qualquer marca atingir a tão sonhada lembrança na mente do consumidor. No mercado de veículos elétricos a Tesla é, provavelmente, a marca mais lembrada pelo seu pioneirismo. Porém, nos últimos anos as demais multinacionais também vem entrando fortemente nesse segmento, prevendo uma diminuição e até encerramento dos motores a combustão, e tornando os elétricos a nova frente de atuação. É uma enorme revolução, e dá para imaginar o quanto sair na frente nessa disputa, pode gerar uma vantagem competitiva no futuro.


A Volvo é uma das marcas que vem apostando muito no novo mercado, uma vez que já anunciou que não vai mais produzir carros a combustão a partir de 2030. Este exemplo solidifica seu interesse, apesar de serem “apenas” 60 estações de recarga, todas nos EUA, por se tratar de um mercado ainda em crescimento, a intenção fala mais que o resultado em si.



A marca sueca busca com isso três objetivos claros: primeiro, investir na construção de uma infraestrutura necessária para o crescimento do mercado de elétricos, instalando pontos-físicos de recarga na estrada. Segundo, reforçar seu posicionamento de marca como player do mercado de elétricos. E por fim, entregar um diferencial ao seu cliente. E aí entra a Starbucks, a rede de cafeterias confere a Volvo a vantagem de disponibilizar vagas em um local muito procurado e a possibilidade de ampliar infinitamente estes pontos de recarga, visto a grande penetração que a Starbucks tem nos EUA e também no mundo. 

Do outro lado a Starbucks também se beneficia, uma vez que já se prepara para uma nova tendência mundial e do provável consumo dos motoristas, enquanto aguardam os 40 minutos até completar a carga.


E para se ter uma ideia do tamanho do mercado que vem sendo construído, nesta semana a Porsche também anunciou um movimento similar de construção de redes de recarga. Conectando a funcionalidade com comodidade e criando ambientes similares a um lounge, onde os clientes poderão tomar um café ou trabalhar enquanto as baterias recarregam. A Porsche planeja crescer de 400 estações para 1.000 até 2025. A título de comparação, a Tesla possui hoje, 2500 estações de recarga em todo o mundo. Alguém aposta em quem chega na frente nessa disputa?

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

O amor é a flor da pele e eterno!

“Antigamente, se alguém tivesse um segredo que não quisesse partilhar, subiam uma montanha, procuravam uma árvore, abriam um buraco nela e sussurravam o segredo para dentro do buraco. Por fim, cobriam-o de lama e lá deixavam o segredo para sempre” A frase acima é dita por Chow Mo-Wang a seu amigo Ping, no filme Amor à Flor da Pele (2000), do diretor chinês Wong Kar-Wai, em uma das histórias de amor mais bem contadas do cinema, segundo muitos críticos. Kar-Wai consegue em seu filme dedicar ao amor a tradução que talvez mais o represente: a eternidade, ou o popularmente, até que a morte nos separe. Na história, conhecemos sr. Chow e a srta. Li-zhen Chan, os dois se mudam para Hong Kong da década de 60 com seus respectivos cônjuges no mesmo dia, onde ocupam quartos vizinhos de um mesmo edifício. Em comum, além do lugar onde vivem, os dois tem a ausência total dos parceiros, e posteriormente uma descoberta: seus cônjuges estão tendo um caso entre si. A descoberta aproxi...

Metaverso

Como a empresa de Mark Zuckerberg visualiza o nosso futuro No último dia 28 o Facebook comunicou a mudança do nome da empresa, passando de Facebook Company Inc. (proprietária, além do Facebook, do Instagram e WhastApp) para Meta Platforms Inc. Muito foi dito sobre os motivos que levaram a mudança, desde criar uma cortina de fumaça para os escândalos divulgados por Frances Hauges e intitulado Facebook Papers (link: https://www.cnnbrasil.com.br/business/facebook-papers-veja-o-que-os-documentos-vazados-revelam-ate-agora/) até uma clara desassimilação da empresa Facebook com a rede social de mesmo nome, que vem perdendo popularidade a cada dia, especialmente com os mais jovens. Ambos são assuntos que renderiam discussões à parte, mas aqui pretendo focar no conceito de metaverso, que há meses vem sendo difundido massivamente pelo Facebook e que Mark Zuckerberg aposta todas as suas fichas para construir seu novo império. O que é metaverso? Segundo a descrição do site Techtudo , “o metaverso ...

Aerosmith

Eu sou cria dos anos 90, então queria mesmo era ver hit atrás de hit do vocalista de roupas extravagantes e jeitos e trejeitos exagerados. Conheci Steven Tyler e companhia no lançamento do clip de Fly Away From Here, em 2001. Apresentado como o clip mais caro da história até então, e ambientado em um ambiente futurista, com direito a luta de robôs e Jessica Biel, a música me pegou na hora. Fui atrás de quem era aquela banda e me surpreendi duas vezes. Uma por serem os mesmos músicos da música tema do filme Armagedon, que mais tarde fui entender como a fantástica I Don’t Want to Miss A Thing. E outra por se tratar de uma banda ativa desde 1970. Talvez esse seja a principal resposta para o Aerosmith ainda fazer sucesso depois de 46 anos de estrada. E o que se viu no Anfiteatro Beira-Rio na noite de ontem foi um compilado de hits que buscaram agradar a incríveis três gerações de fãs. Da arquibancada, em minha frente via três casais com seus 30 a 40 anos. Ao meu lado, uma senhora de ...