2021 está aí e a pandemia fez muitas empresas acelerarem seu posicionamento no digital. Mas será que essa transformação está acontecendo de fato?
O ano é 2002, final da Copa do Mundo da Alemanha, Brasil versus os donos da casa. Você quer comprar algumas bebidas e comidas para assistir ao jogo. Vai até um mercado, faz suas compras, paga com dinheiro e retorna.
Pula 20 anos. O ano é 2022, final da Copa do Mundo do Catar, Brasil x França (palpite!). Você é impactado dias antes do jogo por uma publicação do mercado que sempre frequenta na sua rede social preferida. Como você é um cliente fidelizado, a empresa já conhece suas preferências e sabe como abordá-lo sem importunar. A publicação oferta um “kit torcedor” com snacks, bebidas e alguns objetos para decorar a casa. É também personalizado, sem itens aos quais você é alérgico. Você aceita, é direcionado para o app do mercado para concluir a compra. Por já ter o aplicativo instalado o frete é gratuito, e os produtos chegam na sua casa exatamente duas horas antes do jogo começar. Junto ao kit, uma carta desejando um ótimo dia e convidando você a compartilhar seu momento usando a hashtag recomendada. Você ganha uma experiência de conforto e comodidade e a empresa realiza uma venda programada, com um ticket maior e visibilidade em seus canais.
Quais desses dois cenários você acha que será mais viável, de fato, no ano que vem? Por mais que a tecnologia avance a passos largos, ela ainda não é a realidade para a grande maioria das empresas no Brasil, e as mudanças chegam sempre atrasadas, o que as impede de surfar um cenário mais favorável.
Muito disso acontece porque as empresas ainda não se veem como digitais. São empresas analógicas que possuem ferramentas digitais em sua estratégia de negócios.
Muito disso acontece porque as empresas ainda não se veem como digitais. São empresas analógicas que possuem ferramentas digitais em sua estratégia de negócios. Lembra do clássico caso da Kodak que tinha a câmera digital na mão mas não abdicou da receita dos filmes fotográficos? O momento agora é idêntico. Empresas seguem operando de maneira analógica e inserindo uma ou outra funcionalidade digital.
Acontece que há um enorme abismo entre essas duas práticas. Ser digital requer uma revisão do próprio negócio e mudanças que podem parecer difíceis no início, mas que logo ali na frente vão soar óbvias.
Um exemplo simples é o uso do CRM integrado como uma estratégia de fidelização de clientes. Há inúmeras ferramentas no mercado que oferecem soluções simples e eficientes, porém ainda são pouco utilizadas na essência. Muito porque o CRM representa um custo inicial e que tende a dar resultado ao longo prazo.
É um caminho sem volta. Hora ou outra a mudança de chave vai acontecer. Os primeiros que adotarem, talvez possam sofrer mais no início, mas vão nadar de braçada logo à frente. Aqueles que ainda resistirem, tendem a enfrentar um cenário cada vez mais concorrido nos próximos anos.
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