Pular para o conteúdo principal

É ela



O que são filmes senão metáforas de da vida real? A quem diga “isto só acontece em filme” ou “só em filmes para isso dar certo”. Discordo totalmente, historias de filmes apenas estão em filmes por que mereceram estar em filmes. E é por isso que são apreciadas e adoradas por todos, por que mostram o que tantos querem, mas ninguém busca!

São sempre eles, os benditos negativos que girando a uma enorme velocidade me inspiram para escrever, mesmo que de uns dias para cá minhas ideias pareçam misturas e confusas, são eles que ainda me põe a frente do notebook e me fazem apertas os dedos no teclado. Não apenas eles, mas sim sua total similaridade com o real, e seus temas que se encaixam perfeitamente em momento, hora e local certo, resumindo, são filmes, dificultando, é destino!

Ok, destino, vou falar disso sim, palavra esta que vem me perseguindo deste que 2010 começou e hoje chegou a seu máximo de perturbação (no bom sentindo). Acordar, vestir uma camisa preta, óculos escuros, almoçar fora e mudar minha vida! Ótimo pensar assim, a cada instante ter uma sensação de renovação e de ser dono da própria vida!

Para mim tudo está planejado, escrito em pano de seda com letra bonita de tinta preta tudo o que fazemos, todos os passos que tomamos! A sensação de renovação e de ser dono da própria vida também! Por isso que é tão bom, temos tudo pronto e montado para nós, e podemos pensar em tudo o que “queremos” fazer, sem saber que aquilo já é planejado!

É impossível imaginar que escolhendo uma faculdade, encontrando um emprego, ou que seja, participando de uma festa, as pessoas com quem me deparar estarão lá por mera coincidência, e estarei convivendo com elas por acaso! Inconcebível! Tenho a noção exata que quanto mais sair, quanto mais empregos tiver, quanto mais meu nível social aumentar, mais terei chances de encontrar novas pessoas e conviver com elas. Mas aquele momento, sentado na parada de ônibus quando aquela pessoa sentar ao lado, pedir as horas e a conversa continuar para a vida inteira, só acontecerá uma vez, não importando onde for, mas será com ela!

Mas então por que sair para lugares cheios de pessoas, propícios para a aproximação e tudo mais, se “ela” esta segura e esperando a hora exata para entrar em cena? Medo, sufocação, pânico, pressa (?)! E não vai ser por isso também que ficarei sentado no ponto de ônibus esperando ela aparecer, penso que o destino trará minhas conquistas, mas o modo como consegui-las sou eu quem faço! Então, curtir a vida e aproveitar a idade é um jeito, mesmo preso as correntes da vida, ainda assim sou dono do próprio nariz e tenho liberdade para isso!

Gosto de pensar assim, despreocupa, tranquiliza, não preciso correr atrás e buscar o que preciso, talvez esteja em cima do meu nariz, talvez a milhas e milhas de qualquer lugar! Mas está! E quando a situação for ridícula demais para ser “casual”, eu saberei que é ela!

ps: Assistam“(500) dias com ela”




Comentários

  1. Depois do verão sempre vem o outono. Gostei do misto crítica/desabafo. O filme é demais.
    Abs!

    ResponderExcluir
  2. Adorei o que tu escreveu :) Destino é algo que nos faz pensar demais. E é exatamente quando esquecemos dele que ele nos surpreende !
    O filme também é ótimooo!
    Beijos.

    ResponderExcluir

Postar um comentário

Postagens mais visitadas deste blog

O amor é a flor da pele e eterno!

“Antigamente, se alguém tivesse um segredo que não quisesse partilhar, subiam uma montanha, procuravam uma árvore, abriam um buraco nela e sussurravam o segredo para dentro do buraco. Por fim, cobriam-o de lama e lá deixavam o segredo para sempre” A frase acima é dita por Chow Mo-Wang a seu amigo Ping, no filme Amor à Flor da Pele (2000), do diretor chinês Wong Kar-Wai, em uma das histórias de amor mais bem contadas do cinema, segundo muitos críticos. Kar-Wai consegue em seu filme dedicar ao amor a tradução que talvez mais o represente: a eternidade, ou o popularmente, até que a morte nos separe. Na história, conhecemos sr. Chow e a srta. Li-zhen Chan, os dois se mudam para Hong Kong da década de 60 com seus respectivos cônjuges no mesmo dia, onde ocupam quartos vizinhos de um mesmo edifício. Em comum, além do lugar onde vivem, os dois tem a ausência total dos parceiros, e posteriormente uma descoberta: seus cônjuges estão tendo um caso entre si. A descoberta aproxi

Volver

Falar de Almodóvar nunca é fácil. Uma das características do cineasta espanhol é seu atrevimento e coragem em propor nas telas seus conceitos e ideias. E é de atrevimento e coragem que se faz esse texto, ao tentar transpor em palavras um pouco de um dos filmes que mais aprecio em sua filmografia: Volver. Volver conta a história de Raimunda (Penélope Cruz), mulher casada e com uma filha de 14 anos, que ainda tenta superar a morte de sua mãe, enquanto cuida da tia. A personagem de Cruz, inclusive, é quem carrega o filme por completo e dá alma à trama. Cada cena da atriz renova o filme, que composto por um excelente roteiro, nunca deixa a história se esvair ou perder força. Não à toa, em muitas vezes vemos Penélope enquadrada ao centro da tela, tomando para si toda a sustentação do longa. Traduzindo essa percepção para a personagem Raimunda, é assim que ela também encara a sua vida. Uma vez que, mesmo com um casamento complicado, dificuldades financeiras crescentes e um passado

Sobre jornalismo, marketing e uma das maiores tragédias do país

Eu não entendo de prevenção de desastres, gestão de crises e ações do governo, mas entendo de jornalismo e marketing. E sobre esses dois pontos, a história tende a julgar o que aconteceu esta semana no país.  Jornalismo: Não é a maior tragédia do estado, é uma das maiores tragédias do país, e as demais regiões do Brasil demoraram ou ainda não estão entendendo o tamanho dessa escala. E parte dessa culpa recai sobre a mídia. A nível nacional não houve plantão, a programação seguiu sua transmissão normal e pouca, muito pouca prestação de serviços. O fato foi comunicado apenas de maneira jornalística. Em tragédias, o jornalismo deixa de ser veículo de comunicação e passa a ser serviço público. Para não ficarmos apenas pensando em TV e rádio: eu assino uma newsletter diária de notícias que chega para milhões de pessoas em todo o país. No dia 2 de maio, a newsletter utilizou três linhas para comunicar sobre o Rio Grande do Sul. Três linhas. O jornalismo não é mais mecânico, e os termos, as