Pular para o conteúdo principal

Os 20 melhores filmes de 2021

 A lista mostra os filmes assistidos em 2021, não necessariamente lançados. Excluídos filmes anteriores a 2020. A nota é sempre feita após o filme ser assistido e o ranqueamento baseado nela. Ou seja, é uma percepção direta e imediata, no máximo 24 horas após o filme ser visto.


10. Em um bairro de Nova York (2021), de Jon M. Chu

Musical inspirado no sucesso da broadway “In the Heights”, primeiro sucesso de Lin-Manuel Miranda, autor de aclamado Hamilton. Apesar de em alguns pontos não conseguir manter uma consistência durante todas as suas duas horas e falhar em um climax importante, é difícil não se envolver com o poder e impacto das músicas que intercalam entre explosões de alegria e alma caribenha, até mergulhos emotivos que vão te levar às lágrimas.


9. Ataque de Cães (2021), de Jane Campion

Um raro western que retrata a decadência da era por meio de um olhar introspectivo sobre os estereótipos que constroem a figura do cowboy e o que este guarda dentro de si. Além do belo estudo de personagem de Phil Burbank, interpretado por Benedict Cumberbatch, destaque para a direção sutil de Jane Campion e a fantástica fotografia de Ari Wegner. Para ser apreciado.



8. Seaspiracy (2020), de Ali Tabrizi

Os abusos da indústria da pesca naturalizados pela sociedade e filmados de forma crua e corajosa pelo diretor Ali Trabizi. Impossível sair indiferente e questionador sobre os vários porquês não debatidos e que cobrem nossos atuais costumes e cultura.



7. Atleta A (2020), de Bonni Cohen, Jon Shenk

Luta judicial da ex-ginasta Maggie Nichols e demais colegas para denunciar os abusos sexuais realizados pelo ex-médico da delegação nacional de ginástica artística dos EUA e acobertados pelos demais membros. Um debate aberto e pesado sobre prepotência humana e o quanto esportes de alto nível fecham os olhos para atitudes inconcebíveis.



6. Professor Polvo (2020), de Pippa Ehrlich, James Reed

A relação de um humano com um animal é apresentada de forma simples e contada por meio de um relato do próprio protagonista. Como um bom documentário, o que o sustenta é o raro registro que suas câmeras captam. Tão potente e perturbador para muitas pessoas que deixam passar batido algum refino na história ou na técnica de gravação. As duas conclusões dadas ao filme ainda me incomodam, mas não invalidam seu potencial provocador.



5. Nomadland (2020), de Chlóe Zhao

Um mergulho intimista e minimalista na vida de uma nômade norte-americana. Destaque para a sutileza da câmera de Zhao e a interpretação de Frances McDormand e seus vários parceiros de estrada. Nomaldland consegue ser belo e triste ao mesmo tempo, onde ao final da jornada, o que menos queremos é que ela termine.



4. Meu pai (2020), de Florian Zeller

Poucas vezes se vê um retrato tão empático e duro sobre um tema como aqui. No caso, os desafios e dificuldades da velhice, tanto para quem a vive quanto para quem acompanha. Com uma estrutura simples e baseado em uma peça de teatro, Meu pai entrega uma experiência difícil de se assistir, porém inesquecível. Bem como duas interpretações históricas de Olivia Colman e Anthony Hopkins.



3. Collective, (2020), de Alexander Nanau

Documentário romeno que acompanha uma equipe de jornalistas locais em sua luta para denunciar escândalos de corrupção no sistema de saúde do país. Com a vantagem de acompanhar a história desde as primeiras denúncias, a diretora usa de uma câmera espectadora que revela realidades que infelizmente não são nenhuma novidade. Mas que mesmo assim chocam.




2. Agente Duplo (2020), de Maite Alberdi

O documentário chileno encena a contratação de um idoso que se faz de espião dentro de uma casa de repouso em Santiago. O filme é totalmente carregado pelo carisma e simpatia do protagonista. Em certo ponto, o roteiro abandona a sua história original simplesmente para acompanhar as caminhos e as conexões que o "agente" constrói.



1. Gunda (2020), de Viktor Kossakovsky

Um filme/documentário gravado em preto e branco e que retrata a rotina de uma porca e seus filhotes, galinhas e vacas em uma fazenda na Noruega. Tão simples ao ponto de ser transformador.



11. O Som do Silêncio

12. Quo vadis, Aida?

13. Bela Vingança

14. Druk

15. Palm Springs

16. Homem Aranha: Sem volta para casa

17. Amarelo - É tudo pra ontem

18. Duna

19. Judas e o Messias Negro

20. A Vastidão da Noite


As outras listas:

Os melhores filmes de 2020: https://luiztonon.blogspot.com/2021/01/os-20-melhores-filmes-de-2020.html

Os melhores filmes de 2019: https://luiztonon.blogspot.com/2020/01/os-20-melhores-filmes-de-2019.html

Os melhores filmes de 2018: https://luiztonon.blogspot.com/2018/12/ciclos-e-os-melhores-de-2018.html

Os melhores filmes de 2017: https://luiztonon.blogspot.com/2018/01/os-melhores-filmes-vistos-em-2017.html


Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

O amor é a flor da pele e eterno!

“Antigamente, se alguém tivesse um segredo que não quisesse partilhar, subiam uma montanha, procuravam uma árvore, abriam um buraco nela e sussurravam o segredo para dentro do buraco. Por fim, cobriam-o de lama e lá deixavam o segredo para sempre” A frase acima é dita por Chow Mo-Wang a seu amigo Ping, no filme Amor à Flor da Pele (2000), do diretor chinês Wong Kar-Wai, em uma das histórias de amor mais bem contadas do cinema, segundo muitos críticos. Kar-Wai consegue em seu filme dedicar ao amor a tradução que talvez mais o represente: a eternidade, ou o popularmente, até que a morte nos separe. Na história, conhecemos sr. Chow e a srta. Li-zhen Chan, os dois se mudam para Hong Kong da década de 60 com seus respectivos cônjuges no mesmo dia, onde ocupam quartos vizinhos de um mesmo edifício. Em comum, além do lugar onde vivem, os dois tem a ausência total dos parceiros, e posteriormente uma descoberta: seus cônjuges estão tendo um caso entre si. A descoberta aproxi

Volver

Falar de Almodóvar nunca é fácil. Uma das características do cineasta espanhol é seu atrevimento e coragem em propor nas telas seus conceitos e ideias. E é de atrevimento e coragem que se faz esse texto, ao tentar transpor em palavras um pouco de um dos filmes que mais aprecio em sua filmografia: Volver. Volver conta a história de Raimunda (Penélope Cruz), mulher casada e com uma filha de 14 anos, que ainda tenta superar a morte de sua mãe, enquanto cuida da tia. A personagem de Cruz, inclusive, é quem carrega o filme por completo e dá alma à trama. Cada cena da atriz renova o filme, que composto por um excelente roteiro, nunca deixa a história se esvair ou perder força. Não à toa, em muitas vezes vemos Penélope enquadrada ao centro da tela, tomando para si toda a sustentação do longa. Traduzindo essa percepção para a personagem Raimunda, é assim que ela também encara a sua vida. Uma vez que, mesmo com um casamento complicado, dificuldades financeiras crescentes e um passado

Sobre jornalismo, marketing e uma das maiores tragédias do país

Eu não entendo de prevenção de desastres, gestão de crises e ações do governo, mas entendo de jornalismo e marketing. E sobre esses dois pontos, a história tende a julgar o que aconteceu esta semana no país.  Jornalismo: Não é a maior tragédia do estado, é uma das maiores tragédias do país, e as demais regiões do Brasil demoraram ou ainda não estão entendendo o tamanho dessa escala. E parte dessa culpa recai sobre a mídia. A nível nacional não houve plantão, a programação seguiu sua transmissão normal e pouca, muito pouca prestação de serviços. O fato foi comunicado apenas de maneira jornalística. Em tragédias, o jornalismo deixa de ser veículo de comunicação e passa a ser serviço público. Para não ficarmos apenas pensando em TV e rádio: eu assino uma newsletter diária de notícias que chega para milhões de pessoas em todo o país. No dia 2 de maio, a newsletter utilizou três linhas para comunicar sobre o Rio Grande do Sul. Três linhas. O jornalismo não é mais mecânico, e os termos, as