Eu olhei uma vez por causa do Nego Di (kkkk), mas foram os outros temas que por lá circulam que chamaram a atenção.
Tá rolando uma discussão sobre a nossa atual sociedade muito forte lá dentro. Até o momento ambos os lados estão errados. Tanto o culpado, quanto quem está julgando o culpado.
Só que tem muita gente aproveitando essa confusão para atacar o politicamente correto e determinadas militâncias. Errado. Todo esse debate só mostra o quão difícil é conviver com diferenças, justamente porque nunca foi feito antes, ou porque as minorias nunca tiveram vozes, ou então ficavam caladas. Essa é talvez a edição mais diversificada da casa. E por isso mesmo conectar essas visões de mundo tão distantes se mostre tão desafiador.
A nossa sociedade está bem doente. Mas a cura pra todo esse conflito definitivamente não está em criar mais conflito, mas em entender e saber dialogar com cada lado.
E quem fez isso muito bem lá dentro foi o Projota. Procura a conversa dele com um dos participantes. É aula de convivência e empatia.
Não deu para fazer texto essa semana, então resgatei um de outubro de 2017, onde citei o próprio Projota.
Texto publicado em 5 de outubro de 2017:
“Vai, vai lá
Não tenha medo do pior
Eu sei que tudo vai mudar
Você vai transformar
O mundo ao seu redor”
Costumo dizer que minha vida tem trilha sonora infinita e mutável. Ela varia sempre, mas nunca fica sem som. Não dá pra viver sem música, por que vida sem música perde a graça.
E é por isso que eu defendo tanto quem faz música de qualidade em virtude de quem faz música por entretenimento. E é por isso também que prefiro alguns gêneros musicais em detrimento a outros. Sendo direto: minha área é rock, folk e blues. Não gosto de funk, rap e o subgênero sertanejo universitário.
Isso não significa que algo é bom ou ruim. É apenas gosto pessoal. E gosto, cada um tem o seu.
E também não significa que os gêneros que gosto são inatingíveis e os que não gosto não possuem músicas boas. Tem sim, é só buscar.
Só quero jogar um pequeno pensamento: tem muita música boa no mundo, e com a internet, o acesso a ela é ridiculamente fácil. Busque novos gêneros, escute novos artistas. Não fique preso ao mainstream. Não diga que música erudita é para velhos, tenta entender porque tem tanta gente que curte. Antes de ir dormir, coloca um disco do B.B. King tocar e escuta. Ou durante o café da manhã do domingo, procura por um playlist de Bossa Nova e deixa tocar.
Não quero julgar opiniões, só dizer que novas opções podem ser boas. Sair do cotidiano pode ser uma mudança boa. Aliás, a palavra mudança, por mais que tentem dizer o contrário, é boa!
O Projota fez isso comigo essa semana. Há tempos via talento nas suas músicas, porém, por conta do preconceito, deixava de lado. Até que a música “Muleque de Vila” me conquistou. Sim, a música é de 2016 e só fui conhecer agora, um fiasco!
É curioso que por mais que me considere propenso ao novo, sempre somos pegos a antigos vícios que nos seguram em uma trilha que leva a lugares em que já sabemos aonde vão chegar.
E quem sabe se começarmos com a música, possamos chegar a um pensamento mais aberto sobre outros tipos de arte, como a literatura, o cinema, e exposições de arte que foram feitas para ficarem expostas e não fechadas. Quem sabe com isso consigamos evoluir a nossa sociedade, nossa democracia, nossos valores e por fim, a nós mesmos.
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