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David Bowie

Soube cedo da notícia, o que me permitiu viajar ouvindo Starman no volume máximo do carro. A viagem me fez lembrar de dois episódios envolvendo David Bowie: o primeiro muito cedo, quando ele surgiu na minha vida travestido de Astronauta de Mármore, na banda que tranquilamente foi a primeira a me tornar fã. Levei anos até descobrir que a música era uma regravação sua. O que abriu minha visão aos tantos universos criados por Bowie.

O segundo foi muito tarde, ao assistir no fim do ano o filme “Perdido em Marte” e reencontrar Starman, aí como trilha sonora cinematográfica. O fato de gritar em silêncio os versos da música em um cinema lotado reviveu o peso e a grandiosidade de Bowie. Ouvi Blackstar no Spotify no último sábado. Um dia depois de seu lançamento e dois dias antes de sua morte.

Mesmo lutando contra um câncer que há tempos o atormentava, a perda de Bowie é irreparável. Dentre tantos estilos próprios, sua identidade alienígena, com músicas falando sobre o espaço, estrelas a planetas era sem dúvida a que mais me encantava. Bowie inspirava e fazia-se inspirar. Com sua obra, elevou a música pop aos acordes de um espaço infinito e eterno.






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